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Fogo vence Taça GB no simples, inteligente, enxuto e animado Cariocão. Enquanto isso, “ornitorrinco” Paulistão se arrasa na primeira fase. Como sempre. Por que não copiar modelo do Rio? Bairrismo burro?

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botafogo lucas comemora gol agif bfr Fogo vence Taça GB no simples, inteligente, enxuto e animado Cariocão. Enquanto isso, ornitorrinco Paulistão se arrasa na primeira fase. Como sempre. Por que não copiar modelo do Rio? Bairrismo burro?

Divulgação / Agif  / Botafogo Futebol e Regatas

 

O Botafogo foi o campeão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, neste domingo (10), ao vencer o Vasco por 1 a o, no Engenhão (Na foto acima, Lucas  comemora com companheiros o seu gol, o do título).

 

Com a vitória e o título, o Fogão é a primeira equipe a se garantir nas duas partidas finais que decidirão o Estadual do Rio de Janeiro.

 

O outro finalista será o vencedor do segundo turno da competição, a Taça Rio, que começa nesta semana.

 

O modelo do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro é, de longe, o melhor do País.

 

Em sua primeira divisão, tem dois grupos, cada um com oito clubes.

 

No primeiro turno, em sete jogos, os times enfrentam adversários de seu próprio grupo. No segundo, a Taça Rio, jogam oito partidas contra todos os times do outro grupo.

 

Os dois primeiros de cada grupo fazem semifinais em partida única. Os líderes de cada grupo levam a vantagem do empate nesses dois jogos.

 

Os vencedores dessas semifinais disputam, também em partida única, a final dos dois turnos.

 

Depois disso, os campeões das taças Guanabara e Rio disputam a final do Estadual em dois jogos. Se um time vencer os dois turnos, leva o título diretamente.

 

Simples assim.

 

Rápido, enxuto, vibrante, sem as soluções barrocas, cafonas e rococós tiradas não sei de onde pela cartolagem paulista, e com várias partidas interessantes entre clubes grandes.

 

Quatro semifinais, três finais, três campões.

 

Pouquíssimas modificações no decorrer do tempo e um atestado de eficiência dado por várias décadas de funcionamento.

 

Um modelo tão eficiente que, em sua primeira divisão, consegue resistir, e com emoção, à estúpida quantidade de 16 clubes do fraco futebol fluminense, um exagero absurdo empurrado goela abaixo dos quatro grandes (Fla, Flu, Fogo e Vasco) pelos cartolas da federação estadual.

 

Com isso, eles pagam os clubes pequenos da capital, da Baixada Fluminense e do interior do estado a conta do apoio para mantê-los eternamente no pau de sebo do poder na federação do Estado do Rio.

 

E tão funcional que foi ou está sendo copiado pela maioria das federações do País em seus estaduais.

 

Diante de tudo isso, salta a pergunta inevitável: por que a Federação Paulista de Futebol, a FPF, (que, diga-se, também exagera, pelos mesmos motivos dos cartolas fluminenses, ao empurrar 20 clubes no campeonato) não faz o mesmo e repete no Paulistão a fórmula do Cariocão?

 

Por que a FPF insiste nessa fórmula chata, fria, desequilibrada, modorrenta e injusta do Paulistão, que cria 19 rodadas sem o menor interesse antes das semifinais e da final?

 

Partidas opacas de um campeonato injusto, pois como todos enfrentam todos em apenas um turno, times grandes que na primeira fase jogam em casa contra grandes, médios e pequenos em um bom ano obviamente são beneficiados em relação aos outros concorrentes.

 

Em resumo: um campeonato chato, maleta e desigual em suas oportunidades.

 

Que não oferece isonomia e igualdade de direitos, deveres e oportunidades a todos os componentes, base de qualquer competição que mereça ser respeitada.

 

O Paulistão é, enfim, um ornitorrinco. Uma competição estrambótica.

 

Por que não aplicar o modelo fluminense do outro lado da Dutra?

 

Por que a FPF não se rende ao bom senso e ao óbvio e, enfim, aplica o que o Brasil todo está fazendo: dois turnos, decisão nesses dois turnos e decisão final em dois jogos?

 

Apenas pela rivalidade besta e a intenção burra, cafona e atrasada de não querer passar a sensação de ter se inspirado em cariocas e fluminenses, mesmo quando eles realizam algo de bom?

 

Se for isso, trata-se, como diria Nelson Rodrigues, de uma imbecilidade e de um atraso esculpidos em suor.

 

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